quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PPP - 4º semestre / 1ªversão

A Concepção de Professores em Relação aos Métodos de Alfabetização e Formação do Leitor


Atividade solicitada pela professora Emanuela como requisito de avaliação da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica IV, no 4º semestre de Pedagogia.
Orientadora: Emanuela Dourado



Tema Específico:
A Concepção de Professores em Relação ao Método de Alfabetização.


Justificativa:
A questão da alfabetização plena é hoje uma grande desafio a ser enfrentado no sistema educacional. Vemos que os professores têm feito o trabalho, mas os resultados são visivelmente preocupantes.
Este trabalho se propõe a investigar a questão da aprendizagem da leitura e escrita, já que esta tem sido atribuída principalmente a uma questão de método, gerando discussões no meio educacional e muitas vezes causando insegurança nos professores alfabetizadores em relação ao método de alfabetização adotado na sua prática.
Este trabalho também pretende a reflexão sobre possíveis fatores que contribuem para esse quadro, o papel da escola na sociedade e a contribuição do professor no processo da “formação” do aluno alfabetizado e letrado enquanto sujeito desta sociedade.


Problemática:
A Alfabetização – ensino-aprendizado de conhecimentos e habilidades de leitura e escrita – tem sido motivo de estudos e investigação científica, devido aos altos índices de fracassos nas séries iniciais em todo o país. Segundo dados do Ministério da Educação, de cada mil crianças que ingressam na primeira série, apenas 50% ou menos, aprenderam a ler ou escrever. Os fatores que desencadeiam esse quadro preocupante são vários. Dentre os mais citados, como a falta de recursos necessários, formação inadequada para os docentes, salários baixos e currículos impróprios, acreditamos que a questão do método adotado é o que deixa o professor mais inseguro.
Sabemos da necessidade que todo cidadão tem de ser alfabetizado, além do que, esse é um direito legítimo de todo ser humano. O termo alfabetização tem hoje um significado bem mais abrangente do que o de apenas saber decifrar o nosso código de escrita. Faz-se necessário o alfabetizar letrando, ou seja, o aprendizado da linguagem deve ser efetivada de forma que seja utilizada nas práticas sociais, e para fazermos parte integrante da vida social, devemos desenvolver também a capacidade de “leitura de mundo”. Segundo FREIRE (1992), ‘a leitura da palavra precede a leitura de mundo’, e nesse contexto surgem às crianças das camadas populares sedentas de tal capacidade – e os professores – profissionais responsáveis por essa tarefa tão difícil que é alfabetizar.
Segundo BORGES (1998):

Entre os séculos XVI e XIX foram experimentados os mais diferentes métodos de alfabetização, ora centralizados em procedimentos sintéticos, isto é, tendo como ponto de partida às unidades da língua (letra, som ou sílaba), ora em procedimentos analíticos, iniciando com frases, palavras ou textos. Identificar o “método milagroso” que pudesse assegurar aos alfabetizados o ensino da língua escrita era (e continua sendo muitas vezes) o sonho dos educadores e dos estudiosos da alfabetização.

No que diz respeito à procura de um “método milagroso”, Soares (2003a, p. 95) citado por Simonette (2005), afirmou que,

“É preciso não ter medo do método; diante do assustador fracasso escolar, na área da alfabetização, e considerando as condições atuais de formação do professor alfabetizador, em nosso país, estamos, sim, em busca de um método, tenhamos a coragem de afirmá-lo. Mas de um método no conceito verdadeiro desse termo: método que seja o resultado da determinação clara de objetivos definidores de conceitos, habilidades e atitudes que caracterizam uma pessoa alfabetizada [...]”.

Atualmente, existe um questionamento quanto a eficácia tanto do modelo sintético, quanto do analítico. Para a pesquisadora Emília Ferreiro, cada um desses possue as suas limitações. Assim,

(BORGES, 1998) “... as criticas feitas aos procedimentos sintéticos e analíticos de alfabetização apóiam-se no fato de ambos os métodos descuidarem do que se considera como fundamental na aprendizagem da leitura: a competência lingüística da criança e suas capacidades cogniscivas”.

Independentemente do método adotado – seja ele sintético, analítico, fônico, alfabético ou da linguagem total – deve-se levar em consideração o sujeito a ser alfabetizado, suas condições internas, a criança como ser único e epistemico – produtor do saber. Cabe ao professor, a tarefa de criar um ambiente propício a essa aprendizagem, tendo a consciência de que o déficit de estímulos necessários à leitura escrita dessas crianças não impede a aquisição dos saberes e de que é preciso mesmo lidar com as diferenças que ocorreram na escola com o passar do tempo. É uma realidade que as crianças não aprendem como as de “antigamente”.
Em pesquisas realizadas, percebeu-se que existem traços universais no desenvolvimento da leitura e escrita das crianças, ou seja, existe um tempo e uma forma para que elas assimilem o que lhes é passado.
É claro que se faz necessário à escolha de um ou mais métodos na práxis do educador e também a conscientização aos alunos sobre a natureza do aprendizado. Isso deve ser inculcado desde cedo, já que em casa existe essa “falha” de incentivo na maioria dos casos, e também acreditar que é possível reverter essa crise de leitores letrados pela qual a nossa educação vem passando. Isso envolve trabalho duro de aperfeiçoamento teórico, intelectual e afetivo.


Problema:
De que maneira a concepção de professores influencia em relação ao método de alfabetização na formação do aluno leitor no contexto das séries iniciais do Ensino Fundamental no município de João Dourado?



Citação de autores que darão respaldo teórico:

Borges, Teresa Maria M., Ensinando a ler sem silabar, Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.
Klein, Ligia Regina, Alfabetização: quem tem medo de ensinar? , São Paulo: Cortez, 1997.
Ferreiro, Emília e Teberosky, Ana, Psicogênese da Língua Escrita, Porto Alegre, Artes Médicas, 1991, 4ª edição.
Simonetti, Amália, O desafio de Alfabetizar e Letrar, Fortaleza, Edições Livro Técnico, 2005.


Objetivo Geral:
Compreender como a concepção de professores influencia para a formação do aluno leitor no contexto das séries iniciais do Ensino Fundamental no município de João Dourado.

Objetivos Específicos:
Conhecer o método utilizado pelo professor na sua prática pedagógica.
Compreender possíveis causas que contribuem para esse quadro preocupante de analfabetismo.


Perspectiva Metodológica:
A pesquisa que será desenvolvida na Escola Municipal Ida Bastos, localizada à Rua Josebias Cardoso, nº 418 – Bairro Rua Nova - Centro, João Dourado – BA, apresentará a abordagem qualitativa - pelo fato desta possibilitar a oportunidade de descrever, analisar e compreender a problemática – no sentido de conhecer suas características, obtendo assim informações importantes ao processo de alfabetizar letrando. Como instrumento de pesquisa será utilizado a observação, entrevistas informais, questionário com questões abertas para a obtenção de dados relevantes para a compreensão mais abrangente da docência, tendo como sujeitos da pesquisa uma professora da 4ª série do Ensino Fundamental e seus alunos.




sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A Concepção de Professores em Relação ao Método de Alfabetização.

Justificativa

Este trabalho analisa a questão da aprendizagem da leitura e escrita, já que esta tem sido atribuída principalmente a uma questão de método, gerando discussões no meio educacional e muitas vezes causando insegurança nos professores alfabetizadores em relação ao método de alfabetização adotado na sua prática. Também pretende a reflexão sobre o papel da escola na sociedade e a contribuição do professor no processo da “formação” do aluno alfabetizado e letrado enquanto sujeito desta sociedade.

Problemática

A Alfabetização – ensino-aprendizado de conhecimentos e habilidades de leitura e escrita – tem sido motivo de estudos e investigação científica, devido aos altos índices de fracassos nas séries iniciais em todo o país. Segundo dados do Ministério da Educação, de cada mil crianças que ingressam na primeira série, apenas 50% ou menos, aprenderam a ler ou escrever. Os fatores que desencadeiam esse quadro preocupante são vários. Dentre os mais citados, como a falta de recursos necessários, formação inadequada para os docentes, salários baixos e currículos impróprios, acreditamos que a questão do método adotado é o que deixa o professor mais inseguro.
Sabemos da necessidade que todo cidadão tem de ser alfabetizado, além do que, esse é um direito legítimo de todo ser humano. O termo alfabetização tem hoje um significado bem mais abrangente do que o de apenas saber decifrar o nosso código de escrita. Faz-se necessário o alfabetizar letrando, ou seja, o aprendizado da linguagem deve ser efetivada de forma que seja utilizada nas práticas sociais, e para fazermos parte integrante da vida social, devemos desenvolver também a capacidade de “leitura de mundo”. Segundo FREIRE (1992), ‘a leitura da palavra precede a leitura de mundo’, e nesse contexto surgem às crianças das camadas populares sedentas de tal capacidade – e os professores – profissionais responsáveis por essa tarefa tão difícil que é alfabetizar.
Segundo BORGES (1998):

Entre os séculos XVI e XIX foram experimentados os mais diferentes métodos de alfabetização, ora centralizados em procedimentos sintéticos, isto é, tendo como ponto de partida às unidades da língua (letra, som ou sílaba), ora em procedimentos analíticos, iniciando com frases, palavras ou textos. Identificar o “método milagroso” que pudesse assegurar aos alfabetizados o ensino da língua escrita era (e continua sendo muitas vezes) o sonho dos educadores e dos estudiosos da alfabetização.

No que diz respeito à procura de um “método milagroso”, Soares (2003a, p. 95) citado por Simonette (2005), afirmou que,

“É preciso não ter medo do método; diante do assustador fracasso escolar, na área da alfabetização, e considerando as condições atuais de formação do professor alfabetizador, em nosso país, estamos, sim, em busca de um método, tenhamos a coragem de afirmá-lo. Mas de um método no conceito verdadeiro desse termo: método que seja o resultado da determinação clara de objetivos definidores de conceitos, habilidades e atitudes que caracterizam uma pessoa alfabetizada [...]”.

Atualmente, existe um questionamento quanto a eficácia tanto do modelo sintético, quanto do analítico. Para a pesquisadora Emília Ferreiro, cada um desses possue as suas limitações. Assim,

(BORGES, 1998) “... as criticas feitas aos procedimentos sintéticos e analíticos de alfabetização apóiam-se no fato de ambos os métodos descuidarem do que se considera como fundamental na aprendizagem da leitura: a competência lingüística da criança e suas capacidades cogniscivas”.

Independentemente do método adotado – seja ele sintético, analítico, fônico, alfabético ou da linguagem total – deve-se levar em consideração o sujeito a ser alfabetizado, suas condições internas, a criança como ser único e epistemico – produtor do saber. Cabe ao professor, a tarefa de criar um ambiente propício a essa aprendizagem, tendo a consciência de que o déficit de estímulos necessários à leitura escrita dessas crianças não impede a aquisição dos saberes e de que é preciso mesmo lidar com as diferenças que ocorreram na escola com o passar do tempo. É uma realidade que as crianças não aprendem como as de “antigamente”.
Em pesquisas realizadas, percebeu-se que existem traços universais no desenvolvimento da leitura e escrita das crianças, ou seja, existe um tempo e uma forma para que elas assimilem o que lhes é passado.
É claro que se faz necessário à escolha de um ou mais métodos na práxis do educador e também a conscientização aos alunos sobre a natureza do aprendizado. Isso deve ser inculcado desde cedo, já que em casa existe essa “falha” de incentivo na maioria dos casos, e também acreditar que é possível reverter essa crise de leitores letrados pela qual a nossa educação vem passando. Isso envolve trabalho duro de aperfeiçoamento teórico, intelectual e afetivo.

sábado, 31 de março de 2007

Ensino aprendizagem



Os avanços e desafios da relação ensino-aprendizagem
Armando Correa de Siqueira Neto
A educação, processo de desenvolvimento essencial ao ser humano, não é estática porque acompanha a evolução e, portanto, é dinâmica e adaptável a cada novo tempo que chega. Não obstante, são criados modelos de se educar que permanecem por determinado período – às vezes longo – nas famílias, escolas e organizações. Há uma constante preocupação quanto à validade de cada modelo, a sua obsolescência ou tempo de vida útil, levando muitos estudiosos a compreender o momento em que vive a sua sociedade e as novas demandas educacionais.Quando se trata da educação no âmbito da formação escolar, vêem-se constantes debates a respeito das formas mais adequadas para se promover as relações que permeiam o conhecimento. Percebe-se, cada vez melhor, a sutileza com que se processa a relação ensino-aprendizagem. Nomes consagrados do meio, a exemplo de Paulo Freire, revelam que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção". Surgem, então, novos desafios para quem deseja construir métodos e estratégias educacionais de forma refinada, levando-se em conta a evolução pela qual trafegam mestre e aluno. Esse movimento não ocorre com facilidade, ou seja, opera-se uma revolução. Transformações desse porte causam o já conhecido caos, que só é descrito após a sua reorganização. Enquanto ele existe, pouco se percebe a respeito em virtude do furacão que se agita e dificulta a compreensão pelo tempo nele envolvido. Ao focar esse tipo de desafio na vida escolar, devem-se levar em conta diversos aspectos colaboradores e de alta motivação, tais como: Considerar, enquanto avaliação preliminar, os alunos (o seu ambiente comum, os seus horários de estudo, idades e responsabilidades familiares e sociais, etc). Observar o conhecimento prévio que cada aluno traz consigo, e as experiências. Relevar o fato de que este conhecimento já adquirido facilita a aquisição de novo saber, sem esquecer que deve haver o respeito para com a quantidade de novas informações a serem fornecidas diariamente. No eixo da aprendizagem, encontram-se três elementos para adquirir o saber: qualidade, quantidade e tempo. Se há pouco tempo e opta-se pela qualidade, o resultado será baixa quantidade. Se a opção for pela quantidade, obter-se-á baixa qualidade. É uma escolha que deve ser feita mediante as condições existentes na programação escolar. Um bom planejamento deve prever essas condições para que possam gerar maiores êxitos.Outro item importante é o conhecimento que o mestre tem, disponibilizando-o na construção do contato diário com os alunos. Boa formação profissional é sempre bem vinda. No entanto, deve-se lembrar que outros conhecimentos são também fundamentais, tal como o emprego das teorias e filosofias de liderança. Tem maior chance de facilitar o processo de ensino-aprendizagem o educador-líder ou líder-educador. Afinal este se conhece, conhece o outro e as mudanças que ocorrem ao longo da vida, exercitando a empatia e obtendo um diagnóstico constante de como os seus alunos aprendem, e ainda as suas dificuldades, anseios e as possíveis dificuldades de aprendizagem.Alguns métodos facilitam e devem ser levados em conta: dinâmica de grupos para sensibilizar os alunos, discussão e construção do saber com maior participação (ainda que se inicie com raros alunos, tudo tem que ter o primeiro passo), elaboração criativa de apresentações sobre determinados conhecimentos (uso de recursos materiais e de idéias), recursos tecnológicos como projeções e aulas expositivas. Há, ainda, a preocupação do marketing pessoal que se forma, levando o aluno a se projetar no mercado de trabalho por suas habilidades: competências, aplicação prática, conhecimento e, conseqüentemente, o marketing da instituição de ensino, que é parte importante do currículo deste aluno. Logo, cria-se uma marca que identifica um bom lugar de formação e isso gera uma maior procura e crescimento decorrentes.Organização e método podem complementar o arsenal do professor, criando uma estrutura de apoio além de atender ao funcionamento administrativo das organizações de ensino. Dessa forma, existe maior estabilidade e segurança, sem perder de vista a flexibilidade, para não se tornar rígido demais ou dificultar as mudanças e as novas adaptações evolutivas.A atenção deve observar cada detalhe e servir como uma fonte de informações que se processa por meio da reflexão, que é sempre compartilhada na relação ensino-aprendizagem, levando ao desenvolvimento comunitário.
http://www.profissaomestre.com.br/smu/smu_vmat.php?vm_idmat=832&s=501